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Silvia Regina Linberger dos Anjos

Visando a consolidação dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da agenda mundial, juntamente com mais quase 200 países, o Brasil afirmou na reunião da ONU (Organização das Nações Unidas) no final de Setembro, nos Estados Unidos, a meta de redução de gás Carbônico, compromisso do Brasil para os próximos quinze anos, ou seja, até 2030. Uma meta voluntária de 43{0745c43c0e3353fa97069a60769ee4ddd8009579514cad9a011db48d81360048} de redução dos gases de efeito estufa (GEE), ano base 2005, foi anunciada pelo Brasil e esse número será levado para a reunião anual das nações sobre Mudanças Climáticas, a COP 21, que, esse ano, será em Paris, no mês
de dezembro.

Essa meta, segundo o trabalho do governo, deverá ser atingida pela redução para zero do desmatamento ilegal na Amazônia; com a restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares de áreas já devastadas, que se espera que sejam de árvores nativas, pois a estocagem, ou seja, a absorção é maior de gás carbônico, principal vilão dos gases do efeito estufa e com a recuperação de 15 milhões de pastagens degradadas, com solos exauridos e abandonados pelos pecuaristas com suas atividades e o comprometimento dos outros setores: industriais, comerciais e de serviços.

Se esses números são bons ou são ruins, tudo depende das políticas públicas que serão adotadas para incentivar e favorecer que essas metas sejam cumpridas ao longo desses quinze anos. Lembrando que tudo isso é de caráter voluntário e que isso é uma fase de transição para a economia verde, ou seja, a nova economia, que é o conjunto de processos produtivos (industriais, comerciais, agrícolas e de serviços) que se aplica a um determinado local a fim de gerar o desenvolvimento sustentável nos aspectos ambiental e social, possibilitando o desenvolvimento econômico, tornando a sociedade mais igualitária, erradicando a pobreza, melhorando a qualidade de vida da população e reduzindo os impactos ambientais, preservando os recursos naturais.
Esse cenário é o que se apresenta para o empresário nos próximos anos, portanto realizar ações que contribuam para essa melhoria global, já é um dever incorporado à gestão dos negócios. Organizar, melhorar processos, substituir matérias-primas, melhorar a eficiência energética da empresa são alguns dos itens que podemos praticar e fazer a diferença no mercado competitivo.

Vamos acompanhar os fatos na política global, mas a conscientização e as mudanças têm que começar no local, na sua empresa, com as suas atitudes: caminhe mais, ande mais de bicicleta, apague as luzes quando desnecessárias. Todos podemos fazer alguma coisa para que as mudanças climáticas sejam menos impactantes e sofridas por nós mesmos.

Silvia Regina Linberger dos Anjos, sócia gerente da Maqtinpel. Química, tecnóloga gráfica com especialização em gerenciamento ambiental, mestrada em tecnologia ambiental, membro da comissão de questões ambientais da NOS-27, colaboradora voluntária da comunidade EQA (equipe de qualidade ambiental) da Escola Theobaldo de Nigris.  www.maqtinpel.com.br

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