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O ano de 2020 foi desafiador para todos. O que nos revela os dados da pasta do órgão federal do Trabalho é que houve um aumento de 26%, em relação a 2019, no número de afastamentos de empregados devido a problemas de depressão e ansiedade provocados pelo impacto da pandemia de Covid-19, o isolamento social e a sobrecarga de trabalho.

Uma das doenças mais comuns é a síndrome de Burnout (esgotamento profissional), principalmente para trabalhadores de serviços essenciais, e esse é um problema a ser enfrentado pelas empresas daqui pra frente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, 11,5 milhões de pessoas sofrem com depressão e, até 2030, essa será a doença mais comum no país. Esses dados foram fornecidos pela Agência Brasil de Comunicação (EBC). Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou que as pessoas que sofreram ou sofrem de ansiedade ou depressão ao mesmo tempo buscaram maior consumo de bebidas alcoólicas e sofreram mudanças nos hábitos de sono, o que pode desencadear problemas cardíacos, elevação da pressão arterial, diabetes, problemas hepáticos, entre outros.

As empresas devem agir para minimizar esses afastamentos, oferecendo suporte para os trabalhos que estão sendo feitos em home-office, como verificar se a energia e o sinal de internet (banda larga) que chegam até a residência do trabalhador estão em condições para que ele possa desenvolver e operacionalizar uma tarefa; bem como oferecer hardwares móveis para o usuário e condições mínimas para que as equipes exerçam suas atividades com saúde, segurança e qualidade de vida. Semanalmente realizar uma chamada de vídeo com todos os colaboradores, por setor ou por departamento, também ajuda a identificar como estão todos e ouvir o que eles têm para comentar, tentando deixar a reunião mais descontraída.

O sistema emocional das pessoas tem sido fortemente abalado pelas incertezas do futuro, a pressão para alcançar resultados e as dificuldades do trabalho remoto. Para os que estão trabalhando presencialmente, o stress das aglomerações nos transportes públicos e os cuidados sanitários obrigatórios tanto na empresa como quando chegamos em nossas residências também causam transtornos a longo prazo.

A saída da zona de conforto e imprevisibilidade dos acontecimentos, mudanças constantes e por um período longo são fatores que desequilibram muito o ser humano.

Temos que buscar apoio para mantermos a saúde mental e nos preocuparmos ainda com a saúde física, pelos cuidados constantes, e estar atentos com a higiene, pois a pandemia de Covid-19 não acabou. Até que consigamos atingir o efeito da imunidade de rebanho (quando o número de pessoas imunes por terem tomado a vacina nas suas duas doses ou dose única frente a uma infecção chega a um nível que paralisa sua disseminação), com uma porcentagem de pelo menos 80% da população vacinada, segundo os infectologistas, esse número talvez seja somente atingido em 2022 aqui no Brasil.

O capital humano é muito importante para as empresas, e preservá-lo na situação atual trará o resultado melhor para a sustentabilidade e o futuro do negócio.

Continuo com a minha solidariedade aos familiares e amigos das mais de 430 mil pessoas brasileiras mortas, vítimas do novo coronavírus, e aquelas tantas no mundo que também estão a lutar contra ele.

Agradeço aos profissionais de saúde e trabalhadores essenciais que têm batalhado incansavelmente com o intuito de minimizar os danos causados pela doença.

Silvia Regina Linberger dos Anjos
www.maqtinpel.com.br

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