Celia Massae Yamagute Yshii nasceu em São Paulo e tem 27 anos de trabalho no mercado de serigrafia. Bacharel em direito, começou sua carreira profissional como funcionária pública em um fórum, porém não por muito tempo, pois logo veio uma mudança radical em sua vida. “Meu esposo, Ioshimi Yshii, sempre sonhou em fabricar uma máquina que fosse de grande interesse público. Um dia seu irmão pediu para que ele consertasse uma máquina de flocagem alemã de um cliente e perguntou se ele não se interessaria em fabricar este tipo de máquina, pois no Brasil não existia ainda. Foi assim que surgiu a ideia de fabricar o primeiro equipamento de flocagem e foi então que ele fundou a Flock Color, em 1988. Vimos que era um mercado muito procurado e ainda novidade aqui no Brasil, por isso abandonei o Direito e fui trabalhar com ele nesse novo empreendimento”, relembra Celia.
A empresa, que começou com apenas um tipo de equipamento, aos poucos foi crescendo com a demanda do mercado e, junto com ela, Celia foi se especializando na área. “Começamos fabricando a máquina de flocagem, depois a estufa, em seguida a vacuum forming e, assim por diante, foram surgindo os demais equipamentos. A maioria dos equipamentos foram recomedações dos próprios clientes, por necessidade deles mesmos. Aprendemos tudo no dia a dia e sempre que recebíamos uma ideia nova, uma demanda nova, íamos atrás de informação para atender às necessidades do mercado. Com isso, crescemos muito e aprendemos mais ainda”, diz.
Há sete anos, Celia teve uma nova guinada em sua vida e tomou uma decisão muito importante: tomar a frente dos negócios e tocar a empresa junto com os filhos. “Há uns sete anos, o fundador da empresa – Sr. Ioshimi Yshii, meu marido – deixou de fabricar máquinas para investir em outro segmento totalmente diferente. Na época, ele pediu que eu o acompanhasse, mas eu não concordei, embora sempre o apoiasse. Decidi continuar a empresa com meus dois filhos, Andrei – engenheiro mecânico – e Ruam – engenheiro elétrico -, pois acredito que uma empresa não consegue se manter de um dia para outro sem a orientação de uma pessoa mais experiente”, conta Celia.
Entre os personagens mais importantes em sua trajetória profissional, Celia destaca: “o fundador da empresa e meu marido, Ioshimi Yshii, que se dedicou de corpo e alma para o desenvolvimento e progresso da empresa. Considero que ele seja o mais importante dentro da trajetória da nossa empresa, além de nosso esforço e da colaboração de nossos funcionários.
Meu cunhado Ioshimi (da Gênesis Tintas), que recomendou fabricar a primeira máquina, também foi importante, pois foi quem nos deu o combustível para iniciar esse novo negócio. Nossos clientes, que foram nos apresentando as demandas, de onde saíram os outros equipamentos, também foram primordiais. Confiaram em nós, na nossa capacidade e é isso o que mantém uma empresa no mercado. Devemos muito também à primeira Feira de Serigrafia, que foi um sucesso e que participamos até hoje para divulgamos diretamente ao público nossos equipamentos, além do Jornal O Serigráfico, que foi um dos primeiros veículos na área de serigrafia que divulgava nossa empresa em diversos locais distantes…”, diz.
Sobre as peculiaridades desse mercado, Celia nos conta: “nossa empresa tem diversos equipamentos para a pessoa que quer abrir o próprio negócio e hoje temos clientes que começaram com um equipamento comprado com muito custo e que atualmente são uma potência, ou seja, uma indústria de grande porte. Isto nos deixa muito felizes, pois eles nos agradecem e sempre se recordam de nós. Fazer parte da história de crescimento de uma empresa é uma satisfação enorme!”.
Entre as mudanças por que passou o mercado de serigrafia desde sua entrada no mercado, Celia comenta: “atualmente as máquinas da área de serigrafia já não são tão procuradas como antigamente e, por este motivo, há mais de quinze anos estamos fabricando máquinas utilizadas na Comunicação Visual e Sign. A máquina de soldar banner, por exemplo, é um dos equipamentos mais vendidos atualmente. Não podemos ficar parados no tempo, temos que estar em constante atualização e buscando nos adaptar ao mercado e foi isso o que a Flock Color sempre fez. Quem fica parado acaba morrendo…”.