Apresenta-se, usualmente para justificar para o abrandamento de medidas de controle ambiental, o argumento de que gastos ambientais reduzem a competitividade dos produtos nacionais frente aos originários de países onde tais controles são inexistentes. Essa é uma visão bastante difundida em países em desenvolvimento, comumente associada à visão de que a questão ambiental é algo artificialmente imposto por países desenvolvidos, sob o lema de que os países ricos já degradaram o seu ambiente, mas agora usam a questão ambiental para interferir no desenvolvimento econômico dos países mais pobres.
A negligência ao tema acabou se tornando responsável por alguns dos grandes problemas ambientais. Contudo, a nova perspectiva surgida desde o final do século passado, onde se associa melhoria ambiental a ganhos de competitividade e observa-se que as empresas de inserção internacional são aquelas que mais se preocupam com a questão ambiental. Contudo, os mais afetados por danos ambientais são justamente as classes e regiões mais desfavorecidas, que têm menor poder político e econômico de pressão e, portanto, menor chance de exigir uma vida mais saudável. A renda gerada pelas indústrias mais intensivas em emissão, geralmente, não é redistribuída de forma socialmente equitativa. Além disso, problemas ambientais podem trazer perdas econômicas, como queda da produtividade da mão-de-obra e gastos associados à deterioração da saúde da população.
Com a intensificação do processo de globalização financeira e produtiva da economia mundial e consequente aumento dos fluxos de comércio internacional, as barreiras tarifárias foram paulatinamente substituídas por barreiras não-tarifárias. Os países desenvolvidos passam a impor barreiras não-tarifárias ambientais – “barreiras verdes” –, alegando que os países em desenvolvimento possuem leis ambientais menos rigorosas que as suas, o que resultaria em custos mais baixos – também chamados de dumping ecológico – e, consequentemente, menores preços praticados no mercado internacional.
Os países em desenvolvimento estão sujeitos às “barreiras verdes”, pois os novos padrões globais de gestão ambiental estão baseados no ciclo de vida do produto. Dentre as diversas etapas do ciclo de vida do produto estão incluídos a extração das matérias-primas e os processos e métodos de produção (PPMs), que causam impactos ambientais como, por exemplo, a poluição industrial. Esta última está diretamente relacionada à escala da atividade industrial e à composição setorial da produção, ou seja, o padrão de especialização da indústria, seu nível de atividade e sua localização são determinantes da carga de poluição industrial de um país.
A indústria gráfica não consta como grande poluidora e a serigrafia só apresenta os compostos orgânicos voláteis como poluentes do ar e sua quantidade não é considerada elevada pelos órgãos ambientais, porém são necessários cuidados com os colaboradores no ambiente de produção. O uso de equipamentos de prevenção (EPI) pelos colaboradores já contribui para melhorias nesse sentido. Usar filtros de ar na área de produção também favorece a minimização dos impactos ambientais. Qualquer atitude trará um benefício ao desempenho ambiental, colaborando com o sistema de gestão ambiental integrado com a qualidade, tornando-se uma indústria mais competitiva e sustentável.