Qualidade e alta produtividade
Um dos processos de impressão que mais tem crescido nos últimos anos é o UV. Proporcionando alta produtividade e qualidade excepcional – incluindo detalhes finos – a impressão UV tem sido a solução para muitas empresas que dispõem de pouco espaço e necessitam de agilidade na impressão.
“Quando falamos em tecnologia UV, estamos nos referindo a um processo que emprega tintas especiais que secam rapidamente após a impressão, graças a uma fonte de luz ultravioleta emitida dentro de um equipamento diferenciado, que é a curadora UV. A secagem das tintas convencionais ocorre por evaporação de compostos orgânicos voláteis (VOC’s), o que torna o processo mais lento para dar sequência a uma segunda ou terceira cor”, explica Rogério Belasco, Químico do Laboratório UV da Fremplast. As tintas UV se apresentam no estado liquido pastoso, porém são 100 {0745c43c0e3353fa97069a60769ee4ddd8009579514cad9a011db48d81360048} sólidas e somente secam e polimerizam após serem submetidas à radiação UV.
A impressão UV é um processo que permite eficiência, alta qualidade de impressão, rendimento de tinta e não seca na tela ou no equipamento, resultando em alta produtividade. Além disso, não é inflamável, reduz o espaço físico do processo gerando custos menores, é classificada como uma tecnologia limpa, pois não evapora solventes durante seu processo de secagem e cura, melhorando assim o ambiente de trabalho no quesito saúde ocupacional. Proporciona elevadíssima estabilidade e fidelidade das cores durante o processo de produção, tem melhor custo benefício e menor custo de energia em relação aos sistemas térmicos de secagem convencionais.
Podendo acontecer por serigrafia, flexografia ou off-set, o processo de impressão UV pode ser aplicado em diversos substratos como papel, vinil adesivo de PVC, polietileno, poliestireno, polipropileno, alumínio, couro, derivados de PU, lonas e vidros (lisos ou jateados). “Basicamente, todos os substratos comerciais podem ser impressos com as tintas UV, exceto os tecidos de algodão devido à estrutura interna das fibras serem ocas, podendo assim absorver a tinta e a radiação UV não fazer a cura por completo. Nesse caso, quando em contato direto com a pele humana, o suor pode extrair componentes que não reagiram 100 {0745c43c0e3353fa97069a60769ee4ddd8009579514cad9a011db48d81360048} e gerar problemas de irritação e, em alguns casos de hipersensibilidade, lesões graves na pele”, esclarece Celso Pavani, sócio-diretor da TMC Tintas.
Para a aplicação da tinta por serigrafia, o processo não exige nenhum grau de dificuldade. “O processo serigráfico é igual às demais tintas, a diferença está no último processo, a secagem. As empresas que trabalham com tinta UV devem ter uma curadora (túnel) que emite alta radiação UV (controlado) em segundos para a secagem total da tinta. Por ser uma tinta que não seca ao ar, pode-se trabalhar com telas de poliéster bem fechadas, ganhando na qualidade na impressão”, diz Guilherme Ishii, gerente de desenvolvimento da Gênesis. “Em off-set UV pode-se imprimir todas as cores e depois fazer uma única cura no final, evitando-se assim a secagem intermediária. Na serigrafia se faz necessário a secagem intermediária, mas em ambos os casos, o processo é extremamente rápido”, completa Celso.
Fornecidas prontas para uso, as tintas UV só precisarão de diluição para melhor desempenho em determinados substratos. Muito utilizada nos mercados gráfico, de frascaria, propagandas visuais, calçadista, cartões bancários, madeira, revestimento de fibras óticas e mídias, deve-se optar pela impressão UV quando o trabalho realizado requer uma qualidade de impressão superior de acabamento final como brilho e detalhes finos e principalmente quando se busca altíssimos índices de produtividade, aliados à baixa toxicidade no ambiente de trabalho. “Por ser considerada uma tecnologia limpa, a impressão UV protege a saúde do colaborador, proporciona redução no consumo de energia e não é inflamável, tornando-se um processo bastante seguro”, diz Celso. Os cuidados no manuseio são os mesmos que devem ser tomados quando se trabalha com tintas à base de solvente ou à base de água: evitar contato com a pele, mas se isto ocorrer proceder a limpeza inicial com água e sabão, evitando assim o uso de solventes, pois os mesmos podem carrear a tinta para as camadas inferiores da pele e causar irritações. Aconselha-se o uso de luvas para evitar este contato e deve-se evitar também olhar para a lâmpada na unidade de cura diretamente, pois como se trata de uma energia rica em radiação ultravioleta extremamente concentrada contendo radiação UVA e UVB, esta pode causar lesões na córnea. Não existe a necessidade de se utilizar máscaras para vapores orgânicos, já que não existem solventes na sua composição. Quanto à aplicação, os substratos a serem impressos devem estar isentos de quaisquer impurezas e durante todo o processo de aplicação não se deve ter contato com qualquer fonte de radiação UV; este contato deve ser realizado apenas na cura final.
Com relação a custos, o processo vem se equiparando aos demais e ganhando mercado. Apesar de a tinta ser mais cara que as demais e demandar um investimento inicial numa curadora UV, o custo x benefício vale a pena. “A tinta custa um pouco mais, porém obtemos uma qualidade maior na impressão e rendimento superior”, explica Rogério. “Atualmente, o custo da impressão UV ficou bastante acessível, pois houve uma considerável redução nos valores dos equipamentos de cura devido à sua globalização. Podemos afirmar que o custo do investimento inicial é praticamente igual aos convencionais, porém em um pequeno espaço de tempo esse valor investido é revertido devido à elevada produtividade”, finaliza Celso.