Francisco Gonçalves Neto, ou apenas Neto, como é conhecido no mercado, é paulistano, do bairro da Penha e está no mercado serigráfico há 31 anos. “Em 1984 comecei a trabalhar como vendedor da Kimiplast, onde permaneci por 8 anos. De lá, fui para um distribuidora da Bayer na Vila Maria onde fiquei 2 anos. Mas me encontrei mesmo quando fui trabalhar como representante na Colordex”, relembra.
Em contato direto com o mercado, Neto foi se especializando cada vez mais e conquistando clientes fiéis e amigos. “Quando comecei a trabalhar no ramo, senti um grande prazer pelos conhecimentos que comecei a ter, tanto na parte de química têxtil quanto na execução dos serviços na serigrafia, através da oportunidade que o Sr. Francisco – diretor na Kimiplast na época – me deu de trabalhar com ele. Por ter gostado do ramo, das amizades feitas e do trabalho em si, fui aprofundando meu conhecimento na fabricação de produtos e no conhecimento de cada área de confecção. Isso foi me estimulando cada vez mais e hoje já estou partindo para o conhecimento da comunicação visual, máquinas e tintas”, comenta.
Após algum tempo, Neto foi transferido para Goiânia e lá encontrou um mercado inexplorado. “Essa é a história mais interessante que tenho pra contar. Cheguei em Goiânia e descobri um pólo de confecção muito bom, com diferencial de trabalho. Foi uma surpresa pra mim. O mercado é tão próspero que depois de algum tempo, resolvi montar uma distribuidora de tintas e consegui, através de muito trabalho, um ganho de mercado de 90{0745c43c0e3353fa97069a60769ee4ddd8009579514cad9a011db48d81360048}. Hoje temos um bom relacionamento com os clientes, ampla gama de produtos, fábrica de telas e uma loja de 1.300m². Também abrimos uma filial em Manaus que atende todas as serigrafias e empresas de comunicação visual da região e temos um projeto de abrir outra filial em breve Tocantis”, conta Neto.
“As pessoas mais importantes da minha vida profissional foram o Francisco, da Kimiplast, que me colocou no ramo e o Gerson, da Colordex, com quem tenho uma parceria já há muitos anos, com quem aprendi muitas coisas e o melhor: recebi muita ajuda em todos os sentidos, comercial, financeiro, amizade… Devo muito do meu sucesso a essas duas pessoas, que me deram oportunidade de trabalho e crescimento”.
Sobre as mudanças do mercado de serigrafia nesses mais de 30 anos, Neto comenta: “antigamente as serigrafias eram muito artesanais, mal aparelhadas, com telas de madeira esticadas à mão, mesas de madeira (algumas onduladas). Hoje os quadros têm mais qualidade, são de alumínio e esticados com tensiômetro, as mesas são de ferro ou mármore com compensadores alinhados, os berços térmicos, prensas e estufas são de qualidade, as tintas têm menos toque, possibilitando trabalhos diferenciados. Posso dizer que o mercado de serigrafia mudou muito, se profissionalizou e saiu da marginalidade”, comenta.
Para quem está entrando no mercado, Neto aconselha: “devemos sempre nos atualizar, mas o fundamental é a pessoa ter dentro do seu ramo o reconhecimento de um trabalho honesto, sendo visto pelos colegas como um profissional íntegro e de confiança”, finaliza.