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Iniciamos o ano de 2018 com números crescentes de mortes por febre amarela. Em algumas cidades de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, próximo de matas e áreas florestais, foram registrados casos da doença, e a preocupação é que, de uma febre amarela silvestre, ela passe para urbana, onde poderá tornar-se uma grande epidemia caso a população não esteja prevenida, pois só a vacinação pode prevenir sua ocorrência.
Os macacos, nessas áreas de mata, fazem papel de controle vetorial, ou seja, são os indicadores de que os mosquitos estão presentes e que devemos ficar alertas. Macacos não transmitem a febre amarela e nem pessoas transmitem para outras pessoas. A única forma é pela picada do mosquito que transmite o vírus, assim, é imprescindível que esses animais estejam presentes nessas áreas, para possibilitar a indicação e monitoramento dos mosquitos.
Segundo dados da organização não governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) — que vivenciou e participou da prevenção da disseminação ainda maior de um surto de febre amarela em dezembro de 2015 em Angola e que se espalhou até a vizinha República Democrática do Congo (RDC) — foram vacinadas, em 2016, 1.167.600 pessoas em diferentes locais onde o surto se apresentou na África.
As informações a seguir são do MSF:
A febre amarela é causada por um vírus, do gênero flavivírus, transmitido por mosquitos pertencentes às espécies Aedes (principalmente Aedes aegypti, responsável também por transmitir a zika, a dengue e a chikungunya) e Haemogogus. As diferentes espécies de mosquitos vivem em diferentes habitats, o que determina três tipos de ciclos de transmissão:
Febre amarela silvestre (ou selvática): nas florestas tropicais, os macacos, que são o principal reservatório da febre amarela, são picados por mosquitos selvagens que passam o vírus para outros macacos. Ocasionalmente, os seres humanos que trabalham ou que viajam para a floresta são picados por mosquitos infectados e desenvolvem a doença.
Febre amarela intermediária: neste tipo de transmissão, os mosquitos semidomésticos (aqueles que se reproduzem tanto na natureza quanto em torno das famílias) infectam tanto macacos quanto pessoas. Este é o tipo mais comum de surto na África.
Febre amarela urbana: grandes epidemias ocorrem quando pessoas infectadas introduzem o vírus em áreas densamente povoadas com grande presença de mosquitos e onde a maioria das pessoas tem pouca ou nenhuma imunidade, devido à falta de vacinação.
Geralmente, quem contrai o vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.
A forma mais grave da doença é rara (só uma pequena proporção de pacientes que contraem o vírus desenvolve sintomas graves) e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias). A pessoa infectada pode apresentar insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço, sintomas que podem resultar em morte num período de 7 a 10 dias.
A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra o vírus, o que quer dizer que, depois de se recuperarem, não são mais suscetíveis à doença. A febre amarela pode ser prevenida por uma vacina extremamente eficaz, segura e acessível, que produz imunidade em 99{0745c43c0e3353fa97069a60769ee4ddd8009579514cad9a011db48d81360048} das pessoas vacinadas. Segundos as diretrizes da OMS, uma dose única da vacina é suficiente para conferir imunidade sustentada e proteção ao longo da vida.
Em áreas de alto risco onde há pouca cobertura vacinal, o reconhecimento imediato e o controle de possíveis surtos por meio de imunizações em massa são essenciais para prevenir uma epidemia.
Na transmissão urbana da febre amarela, a prevenção deve ser feita evitando a disseminação do Aedes aegypti. Os mosquitos se reproduzem em água limpa e se proliferam dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente com água limpa e parada, como caixas d’água, latas e pneus, são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados.
Cuide-se e cuide para não aumentar o fator de risco. Informe-se.

Silvia Regina Linberger dos Anjos
www.maqtinpel.com.br

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