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Existem vários estudos comprovando que o ser humano já está respirando e comendo microplásticos, resultado da deterioração do plástico na Terra, prejudicando a nossa saúde. Já existia essa preocupação em torno dos oceanos e mares desde o final da década de 50, quando a indústria começou a produzir maciçamente produtos plásticos e, hoje, encontramos verdadeiras ilhas de plástico em determinados lugares de nossas águas. Estima-se que entre 2 e 5% de todo o plástico produzido no mundo seja despejado em áreas hídricas em forma de resíduo e que ali se degrada lentamente e se transforma em microplástico, que são pequenas partículas de 5 mm ou um pouco maiores.
Próximo aos cinco giros oceânicos, as correntes marinhas arrastam os produtos plásticos que boiam para seu interior, sendo o Giro do Pacífico Norte (entre a Califórnia e o Havaí) o maior depósito de lixo do mundo, matando, de imediato, milhares de animais marinhos na região e formando uma área de resíduos flutuantes e outros tipos de lixo equivalente a quase três vezes o estado da Bahia, e essa área não para de crescer.
As notícias relacionadas ao clima também não são boas, pois, segundo o relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) das Nações Unidas, lançado no início deste mês, indica que, durante os próximos anos, ainda nesta década, sofreremos muito com eventos climáticos extremos, prejudicando as populações vulneráveis, aumentando a desigualdade social e a insegurança alimentar e, consequentemente, aumentando a pobreza. Já estamos com 50% de chances de o aquecimento global ultrapassar 1,5 ºC nos próximos cinco anos, tornando a meta do Acordo de Paris — assinado por mais de 190 países, na Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) — totalmente perdida. Isso mostra o quanto o mundo preferiu o poder e valores econômicos a valores naturais de sobrevivência da espécie humana.
O planeta Terra passará por isso, demorará alguns anos ou séculos, mas nossa espécie sofrerá muito com as secas intensas, ondas de calor, tempestades e furacões e frios intensos, devido à alta frequência com que ocorrerão. Pelo Painel do Clima da ONU, isso aconteceria em algum momento até 2040, mas as evidências dos estudos mostram que tudo isso está se antecipando.
Enquanto continuarmos a emitir gases do efeito estufa, as temperaturas continuarão a subir. Nossos oceanos continuarão mais quentes e ácidos, o gelo marinho e as geleiras continuarão a derreter cada vez mais rápido, o nível dos mares se elevará e cidades costeiras desaparecerão, com um clima que muitas pessoas não suportarão. Ocasionando assim as tragédias que já estamos vendo pelo mundo: chuvas extremas e suas consequências, como deslizes de terra e pedras; secas intensas, queimadas, desertificação e uso do solo perdido; tufões e furacões com destruição de construções, redes elétricas e devastação de áreas ocupadas. A elevação da temperatura da Terra em 1,5 ºC indica um alerta e, para os seres humanos, representa uma perda irreparável para a qualidade de vida de nossa espécie, gerando uma série de problemas sociais.
Enquanto continuarmos a usar plásticos indiscriminadamente, sem consciência do descarte correto, a comprar sem necessidade e a escolher o artificial ao natural, seremos reféns de nossas próprias atitudes.
Pense, repense, reflita. Reuse, recicle, recupere. Há tempo para sairmos deste momento e de muitos piores que virão, se todos nós cooperarmos. É hora de paz e equilíbrio. A Terra começa uma transformação e nós temos que deixar de lado algumas atitudes maléficas a nós mesmos, se quisermos perpetuar a espécie no planeta. Vamos nos preparar para o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de Junho) com planejamento e atitudes. Ainda há tempo, mas temos que começar imediatamente!
Ao iniciar um projeto gráfico, sugira materiais ambientalmente corretos aos seus clientes. Busque alternativas, descarte corretamente seus resíduos e crie produtos que possam ser recicláveis com menos utilização de matéria-prima. Pesquise, informe-se. Só o conhecimento nos permitirá um mundo melhor.